De repente, o riso das crianças se foi. Elas desapareceram num piscar de olhos. O que aconteceu com elas? Ninguém, na verdade, sabe. Ao andar por esses corredores, quase posso ouvir seus risos e gargalhadas, correndo pelos cômodos da casa. Mas tudo sumiu, o riso e as gargalhadas se foram, de uma vez só. Os risos deram lugar ao choro. As corridas alegres deram lugar a uma fuga desesperada. As gargalhadas se tornaram em gritos. Tudo isso a um só momento. Mães foram separadas dos filhos. Vejo mãos pequenas sendo puxadas para longe, contra a vontade. As risadas de criança se tornaram em gritos de “mamãe, socorro! Eu não quero ir! ”. Essa é a impressão que tenho ao adentrar neste lugar. Tudo parece ter sido abandonado de um instante para o outro, como se, de repente, esse lugar se tornasse perigoso e sombrio. Estou sozinha aqui, mas tenho a nítida sensação de que tem alguém atrás de mim, me vigiando. Observando minhas atitudes e intenções ao estar aqui. As crianças olham para mim, por detrá